quarta-feira, 16 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
domingo, 13 de outubro de 2013
Laurence Anyways
Acabo
de ver Laurance Anyways, um filme realmente interessante que foi muito
além da proposta mostrada no trailer. Uma obra que convida ao
questionamento profundo sobre a essência humana. Uma crítica e um
convite a libertação das primeiras impressões ou dos primeiros passos
que acabam sendo os últimos para a grande maioria. O que existe além dos
primeiros passos em direção ao conhecimento de nós mesmos? E porquê?
Ecce homo.
A grande questão não é a atitude de um indivíduo, mas sim o que ele busca com ela. A despretensão dos atos é a grande mazela social contemporânea.
Existem revoluções e letargias. O homem que busca pela revolução é imprescindível, independente das formas, o objetivo torna válida suas tentativas.
A grande lição de Laurence Anyways é justamente essa: o que faz o indivíduo/ser pensante?
Não são as formas, mas a revolução por trás de cada uma.
JL
A grande questão não é a atitude de um indivíduo, mas sim o que ele busca com ela. A despretensão dos atos é a grande mazela social contemporânea.
Existem revoluções e letargias. O homem que busca pela revolução é imprescindível, independente das formas, o objetivo torna válida suas tentativas.
A grande lição de Laurence Anyways é justamente essa: o que faz o indivíduo/ser pensante?
Não são as formas, mas a revolução por trás de cada uma.
JL
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
A espuma dos dias
cine arte posto 4: tae um lugar que eu sempre quis ir, mas alguma coisa sempre acontecia, ou eu simplesmente me esquecia.
Está em cartaz A Espuma dos dias, um filme francês que me atraiu a atenção, foi quase uma intuição, eu precisava ver esse filme, e mesmo eu passando mal, eu fui.
Foi o filme mais tocante que eu já vi. Uma obra de arte completa, nos sentidos mais amplos. Pela primeira vez na vida ví algo e pensei: isso é impossível, porquê é perfeito. O enredo, e a linguagem cinematográfica. Metaforas simplesmente inacreditáveis.
Entrei naquela salinha esperando um filme interessante, e sai arrasado com vontade de abraçar alguém e dizer: Cara, você não acredita no que eu acabei de assistir.
Está em cartaz A Espuma dos dias, um filme francês que me atraiu a atenção, foi quase uma intuição, eu precisava ver esse filme, e mesmo eu passando mal, eu fui.
Foi o filme mais tocante que eu já vi. Uma obra de arte completa, nos sentidos mais amplos. Pela primeira vez na vida ví algo e pensei: isso é impossível, porquê é perfeito. O enredo, e a linguagem cinematográfica. Metaforas simplesmente inacreditáveis.
Entrei naquela salinha esperando um filme interessante, e sai arrasado com vontade de abraçar alguém e dizer: Cara, você não acredita no que eu acabei de assistir.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
domingo, 6 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
terça-feira, 24 de setembro de 2013
vá viver a vida
Então um velho amigo veio hoje em casa. E especialmente
nesses dias ando revendo muitas coisas em minha vida. Alguma delas eu
sinceramente preferiria deixar para depois, mas diferentes perspectivas de
mundo sempre ocorrem quando estamos nos aproximando de algum tipo de fim, seja
ele qual for e se eu deixo para depois, os pensamentos vêm atrás de mim e me
pegam de jeito.
Meu amigo chegou, conversamos e saímos para conhecer um novo
(e o único) recanto hard nerd da cidade. Por incrível que pareça é quase aqui
do lado de casa e eu sequer tinha ouvido falar. Uma lojinha especializada em
Magic. Um jogo de estratégia em turnos por carta.
Entrando lá, subitamente eu me senti com 15 anos. Uma
sensação muito próxima de quando entrei numa lan house pela primeira vez.
Imagine só um lugar com uma das coisas mais legais de se fazer?
Olhei para a vitrine: jogos de tabuleiro, jogos de carta,
RPGs de tudo que é tipo, do outro lado do balcão, todo tipo de salgadinho,
refrigerante, chocolate.
Nossa! você deve estar pensando que eu peguei um bolo de
cartas, gastei meu dinheiro e fui sentar numa das mesas pra aprender tudo que
fosse possível até que a lojinha se fechasse.
Não. Eu senti pavor. Sim, eu fiquei apavorado... Aqueles
caras gordos ali dentro, extremamente inteligentes, consumidos por um vício...
não era droga, mas ao mesmo tempo, era uma forma de droga, uma droga que dá
barato com seu empenho intelectual. Uma droga que te definha, te leva o dia,
acelera o tempo, mas não impede nenhum segundo a velhice.
- sente-se, jogue um pouco! - tudo convidava para isso.
Mas por quê? Porque um rapaz gasta tempo e talento num jogo
assim? Quer dizer... porquê esse empenho em algo tão abstrato que não deixa
nada para uma vida? O que se pretende com isso entende? Sim, é claro que você
entende, é fácil de imaginar a falta de nexo.
Espera! tem certeza que é tão claro assim? Troque aquelas
cartas por dinheiro. É, aquele mesmo que você usa pra comprar qualquer coisa. E
mude o jogo de estratégia em uma mesa que o objetivo é vencer o adversário,
fazendo-o perder 20 pontos par um outro chamado vida que você provavelmente nem
sabe o objetivo final disso.
É, agora não vai ser muito dificil ver que não se precisa
estar numa lojinha hard nerd para se sentir fugindo da realidade.
Qual o objetivo da vida, desse jogo? Mas você tentou ao
menos ler as regras? Não, não são as leis jurídicas ou econômicas. As regras
estão escritas em seu manual de fábrica, na sua alma.
Que engraçado pensar assim, mas e se talvez a vida toda
tenha sido feita para encontrarmos um caminho até ela. Que engraçado pensar
assim, um mundo imenso, tantos lugares distantes e talvez o mais longínquo seja
a nossa alma.
E se eu dissesse nesse texto que gritei com todos da
lojinha: - EI, SAIAM DESSA LOJINHA, SAIAM DESSE MARASMO, DESSA ILUSÃO, VÃO
ENCONTRAR A RAZÃO DE VIVER!
Você diria: "- você não deveria fazer isso, se eles
estão lá é porquê não entendem esses conceitos que "Nós", os normais,
temos sobre encarar a vida"
EI, SAIA DESSA VISÂO DE MUNDO, SAIA DESSE MARASMO, DESSA
ILUSÃO, VÁ ENCONTRAR O CAMINHO PARA SUA ALMA!
JL
domingo, 8 de setembro de 2013
Uma poetiza na multidão
Ontem, eu fiz um esforço quase sobre-humano pra parar de
pensar em coisas que me aconteceram recentemente. Que me perseguem a lembrança
e me fazem caminhar entre o amor, a saudade e a revolta, as vezes vêm de uma
forma que não sei distinguir qual desses eu estou sentindo... as vezes são
todos juntos.
Então convidei meu amigo Marcelo Vitor, pra dar uma volta,
comer Hambúrguer e conversar sobre qualquer besteira. E lá estávamos nós,
sentados no quiosque, comendo um Harmbúrger quase gigante e falando de música,
sociedade contemporânea, cidades brasileiras e sobre um amigo em comum q
desapareceu por ai de mão dada com uma mocinha e nunca mais voltou.
Então no meio das besteiras e das risadas, uma senhora de
casaco azul apareceu do nosso lado, com panfletinhos nas mãos, e ela disse
respeitosamente, se queríamos comprar as poesias dela. Eu estava pedindo a
conta pra pagar, e acabei não conseguindo pedir pra ela esperar um pouco. Mas
eu fiquei observando, enquanto a garçonete me entregava a máquina pra passar o
cartão, aquela senhora passando entre aquelas mesas, entre pessoas mais
preocupadas com o sanduíche do que com o pedido.
Uma senhorinha com uma feição cansada, tarde da noite, entre
pessoas dispostas, que estavam ali pra gastar o tempo e o dinheiro, enquanto
ela tentava viver da própria arte. De repente eu estava diante da personificação
de um artista que escolheu tentar pra valer, vestir a própria arte, e se
alimentar dos frutos dela. Alguém praticamente invisível na multidão, uma
senhorinha que recebia “nãos” sem cerimônia ou compaixão. Mas ela ia pra
próxima mesa, como se fosse a primeira, e fazia exatamente o mesmo pedido: - Vocês querem comprar uma
poesia minha?
E eu muito apressado, digitei a senha pra pagar o lanche, e
quase sai correndo pra não perdê-la de vista.
- Olá, eu gostaria de uma poesia sua. Quanto é?
- Dois reais cada.
- Dois reais cada.
- Então eu quero duas.
Ela me entregou um papelzinho azul, e eu estendi a mão para
pegar mais um daquele, já que eu tinha pedido duas, e ela disse:
- Espera, vou pegar outra diferente. Você quer duas não é? –
Ela abriu uma pastinha que levava debaixo do braço e escolheu entre aqueles
montinhos organizados, um panfletinho cor de rosa e disse: - Obrigada por estar
me ajudando, viu?
E eu fiquei muito sem jeito, o que eu iria dizer pra ela? –
De nada? É claro q não. Ela que estava fazendo um favor, entregando no meio
daquela gente vazia um pouco da luz que só os artistas sabem manter e levar. Eu
queria dizer tanta coisa praquela senhorinha, mas eu só senti uma dor no peito.
Então, ela foi para o próximo quiosque logo ao lado. Perguntei ao meu amigo: Você
viu? ela vende poesias que ela mesmo faz! – E ele disse: Sim, ela é conhecida
por aqui, já saiu até no jornal. Ela mora lá no centro da cidade, fica até
tarde tentando vender as poesias dela. As vezes ela não vende nada, fica triste
e bebe uns goró! As vezes ela dorme depois de beber muito, e deixam ela lá até
o dia seguinte.
Estávamos indo embora e eu pedi ao meu amigo: - Cara, tira
uma foto minha com ela?
- é serio isso?
-sim, é sério!
Fomos atrás dela, eu pedi licença: -Posso tirar uma foto com
você?
Ela me olhou com uma expressão meio espantada:
- Mas você me conhece?
- Claro q sim, comprei duas poesias suas!
- pode sim!
E nessa conversa, senti que ela cheirava a álcool. Um olhar
triste, vago, perdido. Tirei a foto e quando estávamos quase na ciclovia eu
peguei os panfletinhos e li uma poesia aleatoriamente.
Ela se chamava: Amo você. E na manhã seguinte peguei o outro folhetinho e ele se chamava: Medo de te amar.
Daisy Ferreira colocou um palavras os grandes maus do século: O amor e o medo de amar.
Daisy Ferreira colocou um palavras os grandes maus do século: O amor e o medo de amar.
Jorge Luis Garcia
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